Banda sensação deste ano, os XX conseguem seduzir com a sua aparente simplicidade com que elaboram grandes canções.

Aplicados alunos da londrina Elliott School, onde foram colegas de carteira de Four Tet, Burial e Hot Chip, os The XX são quatro jovens que, sem querer, se viram no meio de um efervescente caldeirão cultural cheio de grandes nomes da cena musical britânica.

Constituídos por Romy Croft (voz, guitarra), Oliver Sim (voz, baixo), Baria Qureshi (piano, guitarra) e Jamie Smith (beats, samples), os The XX criam, neste seu álbum de estreia, canções bucólicas à boa maneira de Mazzy Star ou dos Cocteau Twins.

Pela mão da Young Turks/XL e com produção de Jamie Smith, também ele na programação de baterias (Heart Skipped e Beat parecem ter o dedo de Timbaland), XX é um álbum de amor e perda onde, da ânsia de Crystalised à ternura em Islands, tudo é emoção.

Bem mais do que uma simples emulação das atmosferas claustrofóbicas do indie dos '80s, XX é Londres em toda a sua rejubilante simplicidade e actualidade