Frankie Chavez é um artista que ainda pode passar despercebido ao público mais desatento, no entanto, a nova geração sabe que no sul da Europa ele tem vindo a ser referido como a mais recente revelação de blues, e que é sem qualquer dúvida um dos mais promissores talentos da nova música portuguesa.

 

Frankie Chavez iniciou a sua carreira de cantor, músico e compositor em 2006, quando viu o tema “Sligh Delay” incluído em FLAVOURS, um documentário que aborda a cultura surf na Indonésia. Dois anos depois (2008) a produtora Indigo lançou-lhe o desafio de gravar e desenvolver temas que até então ainda não tinham sido registados, é assim que surgem “This Train Is Gone” e “Time Machine” que vieram a ser editados posteriormente. Em 2009 em parceria com Manuel Faria e Francisco Faria, Frankie Chavez compôs a banda sonora original para o documentário PARE, ESCUTE, OLHE de Jorge Pelicano, que viria a receber inúmeros prémios, entre eles, melhor documentário português no festival internacional de cinema DOCLISBOA09, e o grande prémio do ambiente no CINE ECO 09.

 

Em Março do ano passado foi editado pela Optimus o seu primeiro EP cujo tema “I Don’t Belong” faz parte da colectânea Novos Talentos FNAC 2010. Em Janeiro deste ano terminou a gravação do seu trabalho de estreia Family Tree , cujo lançamento está previsto para dia 18 de Abril.

 

Influenciado por nomes como: Robert Johnson, Jimi Hendrix, Kelly Joe Phelps ou Ry Cooder, a sua música conjuga diferentes tipos de sonoridades, resultando num Blues/Folk composto por ambientes limpos, e por outros mais crus e psicadélicos. O seu estilo é único e inconfundível, pelo que é muito difícil encontrar um termo para o definir ou catalogar.

 

Ao vivo Frankie Chavez actua em formato one man band. Mune-se de várias guitarras com diferentes afinações, de uma bateria improvisada e de vários pedais de efeitos. Ao sobrepor layers de frases de guitarras através de uma loop station, cria uma sonoridade corpulenta mas respirada, onde nada é feito ao acaso. Quando canta cria uma proximidade com o público que resulta do seu tom intimista e da natureza pessoal das suas letras.

 

Frankie Chavez além de abordar instrumentos tão típicos do blues como o Lap Slide Guitar, uma das características únicas da sua sonoridade é o facto de ter reinventado a abordagem da guitarra portuguesa. Utilizando uma afinação própria, dá-lhe uma roupagem totalmente diferente, misturando o trinar tão característico daquele instrumento com riffs típicos de blues. O resultado é agradavelmente surpreendente.

 

Frankie Chavez já actuou e partilhou o palco com nomes como Max Romeo, Dub Incorporation, Gentleman, Amy MacDonald entre outros nos vários Festivais por onde passou, Rip Curl TMN, Music Sessions 2009, Super Bock em Stock 2009, Sumol Summer Fest 2010, Arrifana Sunset Fest 2010 e Festival da Vidigueira 2010.

 

Family Tree é finalmente o trabalho que os fãs esperavam, e vai ser uma grande surpresa para todos os que ainda não conhecem este talento da nova música portuguesa. Frankie Chavez!