"Dread" (1993) é um dos grandes clássicos da década de 90 da música portuguesa. Foi o único disco produzido por Zé Pedro, de quem os Lulu Blind sentem uma gratidão enorme. 
É como muito prazer que a Rastilho Records reeditada este clássico da música portuguesa.

LP + DIGITAL
Edição comemotativa 25 anos (1993-2018)
Remasterizado, novo artwork
Edição Record Store Day 2018 em vinil colorido
Edição limitada e numerada (500 unidades)

Os Lulu Blind nascem, em Lisboa, em 1990, reunindo músicos que tinham passado por outras bandas da cena punk e alternativa da capital, como Amen Sacristi e Grito Final. Começam a ensaiar na Voz do Operário, com Pedro Filete na guitarra e voz, Tó Trips e Jorj nas guitarras, Pedro Vargues no baixo e Slams na bateria. É no ano seguinte, já sem Filete e com Tó Trips a assumir a voz, que a formação se fixa com a entrada de Carlos Luz para a guitarra. A visibilidade chega com Rita Hot Pussy, tema que tem direito a videoclip no programa Pop Off, da RTP 2, e dá a conhecer a banda ao público de todo o país. A popularidade dos Lulu Blind vai crescendo, muito à custa dos concertos demolidores que a banda vai fazendo e, em janeiro de 1993, entram em estúdio para gravarem o álbum de estreia, convidando Zé Pedro dos Xutos & Pontapés para aquela que seria a primeira e única aventura do guitarrista como produtor. Ainda com a banda em estúdio, Rita Hot Pussy é incluído no triplo single coletânea de bandas nacionais editada pela Moneyland Records de João Paulo Feliciano. Nesse mesmo ano, a 14 de julho, abrem para os Sonic Youth no Campo Pequeno, o primeiro concerto da banda norte-americana em Portugal, e, meses depois, para os britânicos Manic Street Preachers, no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa, e no Coliseu do Porto. 1993 é também o ano em que partem em digressão como banda de suporte dos Xutos & Pontapés, na Tour Dizer Não de Vez. No final do ano, é editado este Dread, com o selo El Tatu. Um disco cru, inocente e visceral que retrata fielmente os primeiros anos de uma banda em ascensão. A história dos Lulu Blind não se ficaria por aqui, mas passados 25 anos sobre a edição original de Dread, o que viria depois, para já, não importa. 
Lulu Blind, janeiro de 2018
 
 
Para o Zé Pedro
Estávamos em 1993, o Rock'n'Roll de garagem invadia Lisboa e o Jonhny Guitar. A atitude Nevermind, Dirt e Goo era uma realidade sempre presente nas guitarras, nas calças rasgadas, nas camisas aos quadrados, penduradas à cintura de uma juventude sónica à procura do nirvana. Por cá, inspiravam-nos a Dizer Não de Vez com a Chuva Dissolvente. O Zé Pedro passa a Rita Hot Pussy no Vira o Vídeo da RTP e convidamo-lo para produzir o Dread. No primeiro dia em estúdio, o Zé olha para nós e diz: "Vou trazer a minha Tele americana para as guitarras soarem bem no vosso disco”. No final da maratona louca de produção do disco, aprendemos que não eramos só nós que tínhamos ficado amigos do Zé Pedro. Também ele, na sua enorme genuinidade, ficara nosso amigo, para sempre…
Lulu Blind, janeiro de 2018
 

Tracklist, LP
A1. Fast Guy Fucker
A2. Blind Mind
A3. Surf Zombie
A4. Asshole
A5. (I Wanna Be) Bart Simpson
A6. Dread Monsters
B1. Rita Hot Pussy
B2. Dirty Money
B3. 东张起
B4. Go And Die
B5. Killer
B6. Solid Trash
B7. Untitled
  • Ricardo dos Santos dos Santos 13/03/2018

    Uma reedição bem-vinda e mais que merecida. No entanto, para aqueles que, como eu, não pretendem o formato vinil, uma edição em CD seria o ideal.<br />Fica-se a aguardar esse possível CD.

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